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Fundamentação do Plano de Formação do Curso
Inventário, Conservação e Restauro em Arqueologia Industrial
_Curso 1. Activos

1. O mercado do restauro e conservação, em Portugal não possui nem empresas, nem escolas ou cursos, especializados em arqueologia industrial.
Não obstante, o atraso tecnológico do país legou-nos um património de arqueologia industrial, ainda funcional e vivo, com os seus engenheiros, mestres e oficiais, que constitui um recurso, raro na Europa, mas importantíssimo para o turismo científico e para o turismo cultural.
Com excepção do esforço interno de alguns grandes grupos empresariais, este património tem vindo a perder-se, de que são exemplo a Covilhã e a corda da Serra da Estrela. Se nada for feito, também o património do que foi o terceiro centro nacional dos lanifícios, Castanheira de Pêra/Região do Zêzere, sofrerá o mesmo destino.
Acresce que os empresários do sector, aqui conservaram máquinas, equipamentos e mesmo secções inteiras, por vezes centenárias, que urge inventariar, recuperar e musealizar.
Na administração pública, sobretudo nos municípios mais pequenos, são notórias as carências técnico-científicas. Situação partilhada pelas associações de desenvolvimento local e regional.
Neste contexto, torna-se um imperativo sensibilizar, formar e apoiar o trabalho desses quadros, atribuindo-lhe funções e competências naquela área, em parceria com o sector privado, que neste plano vê abrir-se-lhe uma janela de oportunidade para a criação de micro e pequenas empresas, e a requalificação dos seus técnicos e trabalhadores, nas áreas técnico-científicas do restauro e conservação em arqueologia industrial, da gestão do património, utilização de novas tecnologias, equipamentos oficinais e laboratoriais, e do turismo.
O Turismo Ambiental, entendido como um novo produto turístico que engloba, na mesma oferta, o turismo de natureza ou ecológico, o turismo cultural e o turismo em espaço rural, assim como o turismo de congressos, depende muito de uma política de reabilitação de todos os patrimónios. No caso, a arqueologia industrial envolve necessariamente uma dimensão arquitectónica e de inserção nos conjuntos urbanos, e na paisagem.
No plano da gestão turística, a realização de investimentos como o programa das "aldeias de xisto" e a praia das Rocas, começam a criar novos pólos de atracção que urge articular em rede de oferta e complementar com outros produtos susceptíveis de operar a transformação dos visitantes/excursionistas em turistas, potenciando deste modo a organização das Cadeias de Valor da Indústria Turística.
Mas para atingir estes objectivos, e contribuir para criar local e regionalmente um novo modelo de desenvolvimento e gestão sustentáveis, na nossa perspectiva, torna-se necessário reunir cinco condições primordiais:
-         o inventário, conhecimento e o estudo do património de arqueologia industrial, envolvendo também a sua dimensão arquitectónica e outros patrimónios culturais e paisagísticos em cujo contexto se inserem, cuja expressão superior resulta da actividade de investigação da universidade, departamentos diversos da administração pública, dos museus, áreas protegidas, associações científicas e outras;
-         a conservação e a recuperação dos objectos materiais desse património de arqueologia industrial, incluindo a sua arquitectura específica, que compete à administração local e nacional, mas também aos seus proprietários privados;
-         a formação de quadros superiores, técnicos especializados e trabalhadores qualificados, que, partindo de diferentes áreas de formação académica, necessitam de uma formação complementar prática-teórica capaz de potenciar o binómio FAZER VER PARA SABER FAZER E DIVULGAR, tarefa que pode ser cumprida por um programa integrado de  estágios e cursos;
-         Tendo em conta a repulsão social, em particular nos jovens, perante o trabalho manual, sobretudo nas actividades ligadas à tecnociência, e face à herança academista ou praticista da formação, deve procurar-se valorizar as técnicas tradicionais na perspectiva de criar novos ofícios socialmente dignificantes, capazes de responder às modernas necessidades de trabalho social e de valorizar os recursos endógenos e o património regional.
-         Finalmente, o Turismo Ambiental ( turismo de natureza mais turismo cultural e o TER), carece de projectos sólidos, ancorados nas quatro condições anteriores e numa correcta estratégia financeira, a qual na nossa perspectiva, também pode partir de iniciativas da acção autárquica, associativa e empresarial, para a candidatura aos programas do novo Quadro de Referência Nacional.

2. A participação dos formadores universitários, museólogos e técnicos ambientais, e a intervenção pontual de administradores e gestores de Coimbra e Lisboa, a par da polivalência do currículo, constituem a principal mais valia técnica e científica deste curso.
Ele vai incorporar no domínio da prática o saber fazer de monitores recrutados na área geográfica do curso, quer os que são os últimos depositários da cultura técnica dos ofícios, quer os seus actuais continuadores e técnicos de novas profissões ligadas à reabilitação e gestão do património.
Na organização do curso intervêm formadores das universidades e das redes de museus e áreas protegidas, os formadores do Centro de Formação de Conimbriga, acreditado pelo CCPFC, pelo Ministério da Educação como Centro de Certificação de Competências e pelo IQF, para todos os domínios científicos, especialistas na rebilitação e conservação do património arquitectónico ordenamento da paisagem e valorização do património natural, destacando-se o apoio institucional da Câmara Municipais de Castanheira de Pêra, do Museu Monográfico de Conimbriga, da DGEMN, de especialistas da Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial e da Associação de Museus e Centros de Ciência de Portugal. Também as áreas protegidas, museus e monumentos de outras regiões, e da Espanha. que pela sua complementaridade estrutural e funcional podem permitir o estudo teórico-prático dos conteúdos dos módulos, serão pontualmente incluídas em contextos de formação.

 

PROGRAMA, ESTRUTURA CURRICULAR, METODOLOGIAS E CORPO DE FORMADORES

I. INTRODUÇÃO

Os dois eixos temáticos que atravessam a matriz científico-pedagógica do curso,  Restauro e Conservação do Património de Arqueologia Industrial e a sua inserção na paisagem, rural/urbana, estruturam-se, nos módulos interdisciplinares enunciados nos pontos seguintes.

II. DESTINATÁRIOS

Técnicos das autarquias, empresas, associações de desenvolvimento, profissionais liberais, preferencialmente na área da AIBT do Pinhal Interior. Extensivo à Região abrangida pela CCDRC.

III. OBJECTIVOS A ATINGIR

Proporcionar aos destinatários um complemento de formação profissional de qualidade nos domínios do programa, ao nível básico da sensibilização e treino para os novos perfis profissionais requeridos pela conservação e reabilitação do património de arqueologia industrial.
Contribuir para aumentar o peso específico da sua acção na administração pública, na empresa e ou no mercado: nas autarquias, outras instituições públicas, empresas privadas da região e projectos de inserção.
Contribuir para o lançamento de projectos empresariais nas áreas de mercado abrangidas pelo curso.
Apoiar a valorização dos recursos naturais da região, do seu património de arqueologia industrial e dos saberes tradicionais.
Contribuir para qualificar os serviços, projectos e programas de reabilitação do património construído, conservação da natureza, arranjos paisagísticos, espaços urbanos, jardins privados e condomínios.

Desenvolver o programa inicial do curso  a partir de trabalho efectivo em estaleiro ou actividades afins.
Todas as horas terão um carácter teórico-prático.

IV. CONTEÚDOS DA ACÇÃO/PROGRAMA GERAL

(descriminando o número de horas de formação relativo a cada componente)

Curso:

Inventário, Conservação e Restauro em Arqueologia Industrial

MÓDULO  Introdução à museologia. 2
O conceito actual de Museu/Centro de Interpretação e o seu papel na na Gestão do Património. 2
Função social dos museus, parques, jardins, sítios e áreas protegidas. 2
MÓDULO Atelier de conservação e restauro. 3
I Introdução à conservação e restauro. 3
II Noções elementares da composição e estrutura dos materiais. 4
III Causas e efeitos da deterioração dos materiais. 5
IV Prática da conservação. 5
MÓDULO: Manutenção de estruturas arqueológicas. 6
I. Introdução. 6
II.Noções elementares da composição e estrutura dos materiais. 7
III.Causas e efeitos da deterioração dos materiais. 7
IV. Controlo vegetativo. 7
V. Monitorização e Manutenção das Ruínas. 8
MÓDULO: Intervenção em estruturas arqueológicas e práticas laboratoriais. 9
Módulo Teórico. 9
Módulo Prático: Fábrica das Sarnadas, Fábrica da Várzea, Chaminé dos Esconhais, Poços da Neve, Ruínas da Fábrica/Arsenal de Figueiró dos Vinhos. 10
MÒDULO Construções e tecnologias tradicionais. 11
I. Identificação e caracterização das tipologias de construção da arquitectura vernácula  11
II. Construções em pedra. 11
III. Argamassas Tradicionais. 12
III. Estuque. 12
IV. Madeira. 12
V. Tijolo e Terracota. 12
VI. Betão Armado. 12
MÒDULO Sistema de Inventário do Património Arquitectónico e Inventário da Paisagem   12

 

 


Inscrições: Até Maio, em formulário fornecidos pela LAC (lac.pt), acompanhada de curriculum vitae e ambos enviadas por correio (Liga de Amigos de Conimbriga; Museu Monográfico de Conimbriga; 3150-220 Condeixa) ou por e.mail: .

 

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